Cultura
Artesanato com Conchas do Mar, Festas Populares, Religiosidade e Crença Popular. Figura Emblemática: Pescador e da Marisqueira. Culinária a base de frutos do mar.
Geografia
Localiza-se no sul do Rencôncavo baiano de Salvador. Tem como municípios limítrofes Saubara, Maragojipe, Nazaré, Aratuípe, Jaguaripe e incluindo o limite marítimo a ilha de Itaparica com os municípios de Itaparica e Vera Cruz.
Salinas dista de Salvador, por acesso rodoviário direto 265 km e utilizando o sistema ferry-boat, faz o percurso rodoviário de 52 km até o Terminal de Bom Despacho, localizado na Ilha de Itaparica, e daí mais 13 km de travessia oceânica, até Salvador, dando um total de 69 km. Por via marítima direta o percurso é feito em 11 milhas.
O município de Salinas da Margarida é banhado pelas águas da Baía de Todos os Santos e está localizado entre a latitude 12º52’16” sul e longitude 38º45’52” oeste abrangendo segundos dados do IBGE, uma área de 148,33 km² tendo em área continental de 65 km². Possui um clima de úmido a sub-úmido tendo em sua biodiversidade uma caracterização de floresta ombrófila densa contando com um importante e frágil ecossistema fluvio-marinho identificado como manguezal preenchendo grande parcela da costa municipal.
Outro aspecto de observação é a diversidade de paisagens produzidas pela geomorfologia traduzindo-se em baixada litorânea, planícies marinhas, fluviomarinhas e tabuleiro do recôncavo.
Com uma área de 65 km², Salinas é compreendida pelos distritos de Dendê (Porto da Telha), Encarnação, Conceição de Salinas, Cairu e povoado de Barra do Paraguaçu. Os distritos de Mutá e Cações apesar de próximos da sede do município de Salinas, não pertencem ao mesmo, fazendo parte do município de Jaguaripe.
População
População estimada 15.667 (Dados IBGE 2019)
Clima
Tropical Úmido
História
A região que hoje pertence ao município autônomo de Salinas era originalmente habitada pelos índios Tupinambás. Parte de suas terras que com a colonização portuguesa passou a pertencer a capitania dos portos de Salvador, foi vendida ao comendador Manoel de Souza Campos, que nela instalou duas fazendas: A Santa Luzia e a Conceição.
Em uma de sua viagens a Portugal, Manoel de Souza visitou a cidade de Aveiro, onde conheceu algumas salinas e passou a acreditar que aquele tipo de atividade podia muito bem ser aplicado em suas propriedades, que tinham as condições climáticas necessárias e principalmente, pela grande quantidade de ?apicuns? que favoreciam esse tipo de explorações.
Como não possuía experiência no assunto, ele contratou e trouxe o técnico João Soares. No ano de 1881, eram inauguradas as primeiras salinas, no aldeamento do Porto da Margarida, em uma de suas propriedades.
A região era despovoada até então, pois os núcleos habitacionais existentes na área concentravam-se na Barra do Paraguaçu de um lado e Encarnação do outro, nos limites de Salinas. A industrialização do sal atraiu muitos operários dando lugar a formação e desenvolvimento do povoado que, inicialmente chamou-se Salinas e posteriormente Salina da Margarida.
Além do sal havia também a exportação da piaçava nativa e do dendê, mas a pesca sempre foi a sua principal atividade econômica. Os primeiros povoados surgidos foram o Arraial do Dourado e Caperenga. Eles cresceram impulsionados pela atividade salineira a partir de 1885.
O topônimo originou-se do fato de que na região das salinas morava uma senhora de nome Margarida, que servia de referência para o local antes conhecido como Ponta da Margarida.
Turismo
Salinas da Margarida possui um grande potencial Turístico sendo considerado como potencial destino turístico regional destacando o turismo de natureza, aventura, histórico, religioso, sol e praia. Seus principais atrativos são: as Praias (Barra, Porto da Telha, Ponta do Dourado, Praia do Cairu, Praia de Conceição, Praia de Encarnação, Praia de Pedra Mole e a Praia do Amor). O Município também é conhecido pelas suas festas tradicionais: Festival de Salinas, Arraiá da Margarida no São João, réveillon e a penitência de São Roque, manifestação religiosa tradicional realizada todos os anos em agosto no primeiro domingo depois do dia 16 (dia de São Roque) onde uma multidão acompanha em procissão a imagem de São Roque, que sai da Igreja de Nossa Senhora do Carmo no Centro do Município até a comunidade do distrito de Conceição de Salinas, quando se encontra com a imagem de Nossa Senhora da Conceição para a realização de missa campal celebrada no largo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Após a celebração religiosa, a festa assume um caráter de festa de largo com manifestações da cultura popular do Recôncavo e shows com artistas famosos.
Letra do Hino
(Não Oficial)
Brilha o sol sobre o mar onde a natureza é querida
Em teus trilhos o sal, oh riqueza tão nobre e esquecida.
Salinas da Margarida
O ouro sal já não há, mais é pura e saudável a vida
A pesca sempre a ajudar melhorando a vida sofrida.
Salinas da Margarida
Itaparica a ti sufocar, mas com luta as amarras partidas
A liberdade ecoou pelos rios mares e Campinas.
Salinas da Margarida
O progresso expande este mar e a esperança no peito ensina
A ter fé e acreditar num futuro melhor pra Salinas.
Salinas da Margarida
Letra: Jairo Almeida de Cerqueira